sexta-feira, 28 de maio de 2010

História de Nossa querida Tianguá

Localizada na Mesorregião Noroeste Cearense, Tianguá tem a maior parte de seu território situada na Área de Proteção Ambiental da Serra da Ibiapaba, criada por Decreto Federal. Submetida às regulamentações da Instrução Normativa do IBAMA, a referida APA abrange uma área de 1.592.550 ha, com perímetro envolvendo 20 municípios do Piauí e seis do Estado do Ceará.
O município é banhado pelas Bacias Hidrográficas dos rios Poti, correspondendo a uma área de 555Km2; e Coreaú, correspondendo a 299Km2. As reservas de água subterrâneas utilizadas consistem de 21 poços cadastrados. Os recursos hídricos superficiais apresentam caráter intermitente, estando cerca de 60% do território municipal ocupado pela bacia do rio Coreaú, onde se destacam o riacho Juazeiro e o rio Quatiguaba. O restante do território municipal é ocupado pelas sub-bacias dos rios Catarina, Jaburu e Jacaraú, integrantes da Bacia do Parnaíba.
O município tem condições climáticas influenciadas pela altitude elevada, apresentando índices pluviométricos significativos e temperaturas amenas, com média anual de 23º C, o que favorece uma rica diversidade do meio ambiente da região. A diversidade de cenários, o clima ameno e o patrimônio cultural são potencialidades para o turismo no município.
No território municipal são classificadas duas unidades geoambientais: planaltos sedimentares e depressões periféricas úmidas e sub-úmidas (Chapada e Pés-de-Serra) e Depressões Sertanejas Semi-Áridas (Sertões). Os terrenos sedimentares, com relevo plano e suave ondulado tornam as áreas fisicamente favoráveis à exploração agrícola. Cerca de 60% do território do município apresenta-se coberto por vegetação de Carrasco, que ocupa o reverso seco da Chapada da Ibiapaba. As áreas úmidas do Planalto da Ibiapaba, nas cercanias da escarpa, são domínio da floresta (matas úmidas).


O êxito da colonização portuguesa se deu através da implantação do sistema político-administrativo das Sesmarias. Este projeto de colonização teve duas características: o aldeamento catequético, de interesse do Rei e das Ordens Religiosas; e a distribuição das sesmarias, de interesse econômico - glebas marginais dos rios, riachos, lagoas e poços. A concessão das Sesmarias a criadores de gado e conventos foi uma estratégia para estabelecer o sistema político-administrativo do império português.
Os primeiros habitantes foram os índios, apesar de terem defendido bravamente o seu patrimônio, foram dizimados, fator que explica o desaparecimento de suas nações do território cearense. Tianguá é uma palavra indígena composta de ty (ti) + an (ana) + guá ou guaba (lugar), algo como “o lugar onde costuma aparecer o espectro do córrego, ou a água”. Na região serrana habitada por aldeamentos de índios Tabajaras, se formou a Aldeia da Ibiapaba dirigida por missionários jesuítas, elevada a vila de Viçosa Real da América, depois Viçosa do Ceará, da qual foi desmembrado o Município de Tianguá. A história de Tianguá reporta à expulsão dos franceses e holandeses da Serra da Ibiapaba.
A primeira data histórica é 1650, ocasião da aliança dos índios com o português Francisco Batista Leal para expulsar os invasores e proteger as terras de Mocozal, localidade que passou a chamar-se Chapadinha, depois Barrocão. O Município foi criado com sede na povoação de Barrocão, lugar onde nasceu o Curato de Santana da Ibiapaba, tendo Sant’Ana como padroeira do lugar. Elevado à categoria de vila, foi denominado Tianguá, tornando-se cidade em 1938.
Evolução Urbana
A cidade de Tianguá, localizada na mais bela e rica região da Serra da Ibiapaba, conserva as características do núcleo inicial, assim como os principais núcleos urbanos localizados nos demais distritos. A evolução urbana do núcleo original de Tianguá se deu em três momentos. O primeiro tem início com a concentração populacional em torno da igreja de Sant’ana e criação do Curato; o segundo momento é de crescimento da cidade, caracterizado por dois vetores na direção da via de acesso, e se encerra com a construção do Seminário, em 1942; o terceiro momento é marcado por profundas transformações na cidade, notadamente nos anos 70, a partir da abertura de uma nova via para a BR-222, de contorno da cidade, desafogando o centro, com conseqüências na expansão em todas as direções, predominantemente para o norte. Ressalta-se que seus distritos não apresentam características urbanas, apresentando maior número de habitantes na zona rural.

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